A osteoporose é a doença óssea de maior prevalência na população geriátrica, sendo considerado atualmente um problema de saúde pública, não só a incidência aumenta com a idade, mas também sua gravidade e, consequentemente, as complicações. Para o médico, é fundamental suspeitar dessa patologia, pois na maioria das vezes é assintomática até que ocorra fratura. A ocorrência de uma fratura influencia diretamente no comprometimento da qualidade de vida e causa muito sofrimento, como dor, limitação física para realizar as atividades diárias, medo de sair de casa com isolamento social, depressão, além de aumentar o risco de infecções.

As fraturas de punho ocorrem com maior frequência por volta da quinta década; as de vértebras aumentam depois dos 60 anos enquanto que as de fêmur tem sua maior incidência a partir dos 70 anos de vida. São considerados alguns fatores de riscos para osteoporose: sexo feminino, baixa massa óssea, história de fratura prévia, pele branca, idade avançada em ambos os sexos, história materna de osteoporose ou de fratura, menopausa precoce, uso prolongado de corticoides, dieta pobre em cálcio, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo.

O melhor exame para o diagnóstico é a densitometria óssea. Infelizmente no passado não foram adotadas campanhas de esclarecimento a população sobre a importância da prevenção da osteoporose, portanto, hoje estamos diante de uma população idosa com incidência elevada dessa doença. Baseado nisso, é importante fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento o quanto antes com o objetivo de reduzir os riscos de fraturas e suas complicações. O tratamento deve ser medicamentoso e não medicamentoso. O não medicamentoso consiste na prática de atividade física supervisionada respeitando as condições clínicas de cada paciente, alimentação rica em leite e seus derivados, exposição solar por 15 minutos (antes das 10 horas ou após 16 horas), evitar o tabagismo e o alcoolismo.

É importante que o idoso procure o seu médico e realize uma avaliação para o diagnóstico de osteoporose, iniciando o tratamento adequado, reduzindo os riscos de complicações, com o objetivo de manter uma boa qualidade de vida.

Dra. Jaciara Machado Viana
Docente do Ambulatório de Geriatria da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP)
Coordenadora Médica da Clínica Espaço Vida Residence
Médica Intensivista da UTI do Campus do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCRP)